O mercado de trabalho brasileiro começou o ano com a criação de 34.313 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro. Apesar do resultado positivo, o desempenho foi quase a metade dos postos de trabalho gerados no primeiro mês de 2018, quando foram abertas 77.822 vagas.
Ainda assim, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, argumentou que janeiro teve o segundo melhor resultado para o mês na criação de empregos nos últimos seis anos: “Ainda sofremos um pouco com o realinhamento das expectativas e com a retomada de investimentos. Mas a tendência de geração de empregos deve continuar.”
Dalcolmo alegou que o ritmo de evolução do mercado de trabalho está atrelado ao ritmo de crescimento da economia. Segundo ele, a aprovação da reforma da Previdência é fundamental para estimular a criação de emprego e renda no País.
O resultado do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 43,449 postos, seguido pela indústria de transformação, que abriu 34.929 vagas. Também tiveram saldo positivo a construção civil (14.274), a agropecuária (8.328) e a extração mineral (84). Já o comércio fechou 65.978 vagas, enquanto a administração pública encerrou 686 vagas no mês passado.
Alerta. O desempenho de janeiro acendeu um sinal de alerta para a dinâmica do mercado de trabalho em 2019, na opinião da economista Giulia Coelho, da 4E Consultoria. Para ela, ainda é cedo para bater o martelo a respeito de uma suposta queda do nível de atividade pelo resultado do Caged. Para o economista Cosmo Donato, da LCA Consultores, é possível que o mercado de trabalho entre em standby até que medidas mais concretas sejam tomadas, principalmente a aprovação da reforma da Previdência.
Via o Estado de S. Paulo